Capital Natural
A inserção do capital natural no modelo de negócio do Grupo CCR demonstra seu comprometimento com a gestão dos aspectos ambientais. Assim, promove a melhoria constante de seu desempenho ambiental, por meio de programas estruturados para reduzir o consumo de água e de energia, a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e a geração de resíduos, com metas e planos de ação específicos. Desde 2013, tem estruturado suas ações por meio da Política de Meio Ambiente, que estabelece as estratégias e os objetivos ao planejar, construir e operar suas controladas em conformidade com leis e regulamentos ambientais nacionais e internacionais, além de desenvolver projetos visando à preservação do meio ambiente.
Desempenho ISE – dimensão ambiental


Água
A gestão de água, tema material para a companhia, é efetuada por meio de ações implementadas, que proporcionaram redução no consumo e maior índice de reúso de água nos últimos anos.
O Grupo CCR se compromete a manter ou a reduzir o consumo de água de suas operações em relação ao ano anterior e, para isso, promove campanhas de conscientização para diminuir o seu consumo ao longo do ano. Em 2016, também foram executadas ações para a redução do consumo de água, como:
- manutenções preventivas e corretivas para detectar e corrigir eventuais vazamentos na rede e nas instalações hidráulicas;
- redução do número de lavagem das viaturas nas bases operacionais;
- instalação de cadeados nos locais de armazenamento das mangueiras, evitando o uso indevido;
- ação para orientar funcionárias da limpeza a não usarem mangueira para lavar ou limpar os postos de trabalho;
- procedimento de contingência para situações de crise hídrica, adotado na ViaQuatro.
Consumo de água
(m3)
Energia
Um dos temas considerados materiais para o processo de geração de valor é a gestão do consumo de energia e iniciativas de eficiência. A CCR EngelogTec é responsável pelos estudos e pelos programas voltados à eficiência energética de todo o Grupo CCR.
Em 2016, foram implementadas várias ações para reduzir o consumo de energia elétrica, como:
- lâmpadas: substituição das fluorescentes tubulares, compactas, dicroica, de vapores de sódio e metálico, por lâmpadas equivalentes à LED, nos prédios dos escritórios de apoio, bases operacionais e nas pistas AVISs;
- ar-condicionado: desligamento da função ar quente de todos os aparelhos de ar condicionado dos locais de trabalho; implantação de timer de desligamento automático às 20h todos os dias, e ligação automática às 7h do dia seguinte; realizada campanha de conscientização referente ao seu uso na temperatura de 23º a 25º; e comunicados diversos de conscientização para todos os colaboradores, que aparecem por link de internet assim que o colaborador faz o login em sua máquina.

24.087,27 GJ
foi consumo de combustível no transporte de colaboradores

3,82%
foi a redução do consumo de energia
Emissões
O Grupo CCR realiza a contabilização das emissões de gases de efeito estufa (GEE) de suas atividades empresariais desde 2012, elaborando anualmente o Inventário de Emissões de Gases Causadores do Efeito Estufa, de acordo com as diretrizes do GHG Protocol.
Pela relevância do tema, o Grupo CCR instituiu, em 2014, sua Política Corporativa de Mudanças Climáticas, cujas diretrizes refletem os princípios para atingir o objetivo definido.
Entre as iniciativas da Companhia para reduzir as emissões de GEE, destacam-se:
- elaboração do Plano-Piloto de Adaptação às Mudanças Climáticas para os negócios localizados no estado do Rio de Janeiro – CCR Barcas e CCR ViaLagos. Em 2016, esse plano foi expandido para outras rodovias e implantada uma metodologia para identificar os pontos críticos de cada uma, considerando o viés de eventos climáticos intensos ocorridos nos últimos cinco anos;
- elaboração da Pegada de Carbono das rodovias, em 2016;
- signatária da Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas desde 2015, reforçando os compromissos em relação à agenda de mudanças climáticas perante empresas, governo e sociedade brasileira. A Companhia declarou suas emissões de GEE voluntariamente aos órgãos ambientais estaduais do Paraná e de São Paulo, via assinatura de Protocolos Climáticos Estaduais;
- participação ativa em fóruns de debate sobre mudanças climáticas, acompanhando a legislação dos estados e dos países onde atua;
- apoio à mobilização de organizações setoriais, governos e empresas.
Projeto para adaptar os negócios às mudanças climáticas
O Grupo CCR atua, desde 2014, em parceria com a Plataforma Empresas pelo Clima, da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV/SP), no desenvolvimento do Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas. É um projeto-piloto voltado inicialmente para a CCR Barcas e a CCR ViaLagos – localizadas em áreas geográficas prioritárias para a ação –, que pode ser aplicado posteriormente em outras Unidades de Negócio.
Como resultado desse esforço conjunto, a companhia desenhou a própria estratégia para adaptação das duas unidades às mudanças climáticas, que se desdobrou em planos operacionais em 2016, com foco no engajamento interno. Coletivamente, o trabalho resultou na publicação on-line Adaptação às Mudanças Climáticas e o Setor Empresarial, que reúne conceitos e referências para que outras empresas possam se debruçar sobre o tema.
Desempenho ISE – dimensão mudanças climáticas


Geração de resíduos/efluentes
Para conduzir a questão de modo adequado, a companhia criou, em 2015, a Instrução Normativa Corporativa, cujo objetivo é auxiliar os novos negócios na elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, seguindo o conteúdo solicitado pela legislação vigente.
Entre as iniciativas implementadas está a coleta seletiva dos resíduos e a elaboração de campanhas de consumo consciente, por meio de comunicações e cartilhas, visando conscientizar os colaboradores sobre o uso racional de materiais como papel sulfite, papel toalha e copos descartáveis.
Em relação aos efluentes, as concessionárias monitoram a geração por meio de um sistema de coleta de informações chamado Cerensa. Como a característica dos efluentes gerados por grande parte das atividades executadas é basicamente esgoto doméstico, em 2016 a disposição em rede urbana foi o método de destinação mais utilizado pelo Grupo CCR. Apesar do comprometimento em atender às legislações vigentes, ainda não há metas formalizadas sobre o tema.
Descarte total de água, discriminado por qualidade e destinação
(m3)2016 | |
Disposição na rede urbana | 203.178,00 |
Fossas sépticas/filtro | 67.268,25 |
Lagoa facultativa | 178.899,60 |
Reator anaeróbio | 6,56 |
Sumidouros | 1.200,15 |
Descarte total | 450.552,41 |
Peso total de resíduos, discriminado por tipo e método de disposição*
(t)Resíduos não perigosos | ||
2015 | 2016 | |
Compostagem | - | 278,75 |
Reutilização | - | 0,24 |
Reciclagem | 90.040,59 | 915.514,63 |
Recuperação (incluindo recuperação de energia) | 1,13 | 5,09 |
Incineração (queima de massa) | 22,45 | 4,43 |
Aterro sanitário | 10.307,42 | 16.970,10 |
Outros | 285,16 | 266,48 |
Total | 100.656,75 | 933.039,72 |
Resíduos perigosos | ||
Reciclagem | 426,08 | 366,49 |
Incineração (queima de massa) | 3,06 | 4,21 |
Aterro sanitário | 30,9 | 159,85 |
Outros | 149,83 | 313,02 |
Total | 609,87 | 843,57 |
*Disposto diretamente pela organização relatora ou por terceiros, desde que confirmado diretamente pela organização relatora.
Biodiversidade
Os principais impactos das atividades da companhia na biodiversidade estão relacionados a obras de ampliação. Para mitigá-los, a companhia desenvolve e implementa projetos, por exemplo, de plantio de árvores.
O Grupo CCR se compromete a reduzir o impacto na fauna e na flora sempre que possível. Por isso, as atividades licenciáveis, conforme seu grau de complexidade, demandam estudos específicos envolvendo flora e fauna, além de outros quesitos.
Os principais impactos do Grupo CCR na biodiversidade estão relacionados a obras de ampliação de infraestrutura, com necessidade de ocupação de áreas e modificação da sua cobertura do solo e seu uso, o que muitas vezes leva à supressão de vegetação nativa, drenagem, alteração da paisagem e impermeabilização de solo. Além disso, há o consumo de recursos e a geração de resíduos. Essas interferências podem causar: perda de habitat e de espécies vegetais; alterar as dinâmicas de solo (erosões e assoreamentos), provocar a escassez de recursos (apesar das pequenas demandas de água e energia); e gerar poluição residual, térmica, sonora.

6,7 mil
mudas serão replantadas em torno da via metroviária
SAIBA MAIS
Sobre o desempenho do capital natural do Grupo CCR, acesse o relatório completo no link.